Saturday, October 14, 2006

AS HISTÓRIAS DE NOSSOS ENCONTROS...

Ola criancas!

Como foi a semana? Brincaram muito? Espero que vocês não tenham se esquecido da nossa meta semanal. Tenho certeza de que esse foi o lema de cada ação nossa durante a semana que esta terminando.
Alias, hoje e o ultimo dia do pensamento do Grupo de Sintonia da Figueira para os últimos sete dias: “Amo, com todas as forcas do meu ser a suprema regencia do cosmos”. Fiquei pensando por que essa mensagem e importante. Acho que e porque se a gente não da conta de ver no nosso semelhante a presença divina, não podemos dizer que amamos a Deus. Isso parece fácil mas e muito complicado. Sabem por que? Teoricamente falando a gente ate que da conta, mas na pratica a coisa fica bem difícil. Acho que, na verdade, para fazer isso a gente tem que desenvolver a virtude da toler^ancia, isto e, aceitar o outro apesar das limitações dele, sabendo inclusive que ate seus defeitos são importantes para o nosso crescimento como Filhos do Cosmos. E isso mesmo! Nada na vida acontece por acaso. Os encontros, por mais casuais que pareçam foram todos autorizados pelas Hierarquias para que encontremos (ou não) aqueles que são importantes para a nossa evolução espiritual.

Foi em encontros casuais como esses que Mamãe encontrou cada um de vocês. Lembra-se Phoenix do nosso primeiro encontro. Mamãe tinha chegado a Arcos, mas o caminhão com a mudança so ia chegar no dia seguinte. Então como a Mamãe estava com fome, foi `a pizzaria pedaço pensando em encontrar uma opção vegetariana. A Alessandra estava com a Mamãe e percebeu uma cadela muito magra, suja, prenha e machucada tentando atravessar a praça. Cansada de esperar por um espaço entre um carro e outro, Phoenix se atirou na passeio, porque a barriga estava muito pesada e desmaiou. Sabe nos pés de quem? Nos pés a Mamãe que nunca tinha tido um cachorrinho na vida. Agora Phoenix e a primogênita da Mamãe; mais que isso, a grande amiga que ajudou a Mamãe a superar toda a angustia da partida da Vovo.

O Tuakinho também chegou para a nossa família de uma forma muito especial. A chefe da Mamãe estava para ser transferida para BH. Ela havia prometido para a Mamãe um cachorrinho, pois a fêmea que ela tinha havia parido sete filhotinhos. So que a Mamãe achava que não ia dar conta de mais um filhinho, pois a Vovo estava muito doente e a Mamãe ia ter que fazer uma operação muito complicada em BH para retirar o útero. Ai um dia a Profa. Ângela disse para a Mamãe que se ela não fosse buscar o cachorrinho ela ia da-lo para outra pessoa pois ela não podia ficar com todos os filhotes em casa. Para não fazer desfeita, a Mamãe foi buscar o cãozinho, mas antes combinou com a Marilia – que trabalhava em nossa casa – que o cachorro seria dela. Quando Mamãe chegou na casa onde ia pegar o cachorrinho, a empregada já veio com o Tuakinho no colo e quando a Mamãe viu aqueles olhos cheio de lagrimas, Mamãe tomou a decisão de assumi-lo também. E o Tuakinho tornou-se muito importante para a Mamãe, pois foi ele que conseguiu ajudar a Phoenix a superar a ausência da Mamãe quando ela ficou 20 dias em BH se recuperando da operação. Se não fosse ele a Phoenix não teria suportado a solidão. E os dois se tornaram grandes amigos! Irmãos, quero dizer.

A Alphinha foi outro grande presente de Deus. Um dia a Eliana, bibliotecária da PUC contou `a Mamãe que estava muito preocupada com a cachorrinha que ela tinha dado para a afilhada dela aqui em Arcos. Ela tinha percebido que a família da menina, não gostava de animais e que tinham isolado a cachorrinha em um canil improvisado no fundo do quintal, onde a casa dela era um freezer estragado e velho que ficava aberto. Chovia muito na época e a vasilha de ração ficava encharcada, virava e a bichinha tinha de comer aquilo misturado com terra e restos de fezes. Um dia quando a Mamãe ia saindo para almoçar a Eliana perguntou `a Mamãe se ela não queria conhecer a cachorrinha. Mamãe já estava atrasada mesmo, então telefonou para casa dizendo que ia atrasar mais um pouco. Quando a Mamãe chegou la a dona da casa não estava, mas a empregada disse para Eliana que ela podia entrar para ver a cachorrinha, mas que tivesse cuidado para ela não morder; quando a Mamãe pos o braço para dentro do cercado de madeira a Aphinha segurou o braço da Mamãe e não soltou nunca mais. E por isso que ela e a materialização da própria Alegria. Exatamente aquilo que ela sentiu quando viu que poderia sair daquele lugar horrível. Hoje ela e a Alegria da nossa casa!

O Veguinha também chegou para completar a nossa alegria de uma maneira muito especial. Um dia a profa. Aida começou a dar aulas na PUC. Ela sempre ia para o trabalho com a Mamãe, de carona. Elas sempre viam um cãozinho brincando na avenida Sanitária, tentando proteger cachorrinhos menores que corriam atrás dos carros. Ele dava conselhos e os empurrava para o passeio quando percebia que estavam correndo perigo. Começaram as chuvas e a Mamãe e a Tia Aida passaram a ver o cãozinho sentado em frente a um portão. Elas achavam que ele ficava ali por pertencer `aquela família, esperando alguém abrir o portão. Um dia a Tia Aida foi para casa mais cedo, caminhando pela cidade e viu a Carrocinha pegando cachorrinhos. Pegaram o tal cãozinho também e batiam muito nele porque ele era maior que os outros. Ela tentou impedir dizendo que ele tinha dono e mostrou a tal casa. So que eles foram la e a dona falou que ela não queria ele mais não, pois ele tinha jogado o filho dela dentro da piscina. Então eles levaram o cãozinho. Muito aflita a Tia Aida ligou para a Mamãe. So que a Mamãe estava muito ocupada corrigindo provas e pediu a ela para buscar o cachorro na Vigilância Sanitária. Como ela não tinha carro, ela pediu a ajuda da Tia Gislene. Elas pegaram o Veguinha e ele foi a primeira pessoa a entrar na casa onde a gente mora, pois a Mamãe já estava de mudança para ca. Quando a Alphinha chegou la, já encontrou o Veguinha que passou a ser o grande irmão e companheiro de todas as horas.

Por ultimo, mas nem por isso, menos importante. Um sábado, `a tarde, a Mamãe saiu para passear com o Veguinha. A Kellinha estava junto e o Mario também. Quando a gente chegou perto da Fazenda da Cristiano, encontramos um cãozinho, muito magro pequenino e com um barrigão muito grande, provavelmente de vermes. Ele chorava muito. A Kellinha queria pega-lo, mas a Mamãe disse que não podia ajudar pois todos os filhos dela eram muito grandes e podiam machuca-lo. Seguimos em frente. Quando voltávamos para casa, o cãozinho correu ao nosso encontro e o Veguinha – que gosta muito de proteger o pequeninos – não queria deixa-lo para trás. A Kellinha tinha prometido assumi-lo, mas precisava consultar as meninas da Republica. Ai a Mamãe teve de pegar o cãozinho, pois eram dois pedindo: a Kellinha e o Veguinha. So que o pessoal da Republica não autorizou a ida do cãozinho para la. Então, como ele já estava la mesmo a Mamãe tentou apresenta-lo primeiramente ao Veguinha e `a Alphinha. Sabem o que aconteceu? Vega assumiu o Vênus e o protegia contra as investidas da Alphinha. Depois Vênus acabou por conquistar cada um dos irmãos.

Assim nasceu a nossa família. Aqui ninguém e demais, porque cada um tem um papel muito especial nesse grupo, onde todo mundo e essencial. So que a tolerância precisa ser desenvolvida a cada dia para que as diferenças sejam entendidas como parte da riqueza desse grupo. Por isso, cada um de nos precisa ver no outro – e naqueles que tomam conta de vocês enquanto Mamãe esta aqui – a presença divina, a própria Hierarquia materializada, para que a gente possa ser feliz e fazer com que todos que nos rodeiam sejam mais felizes ainda.

Essa vai ser a tarefa dessa semana: ver no outro a imagem da Divindade, mesmo que não seja fácil, mesmo que o aspecto exterior seja muito diferente disso. Lembrem-se: o essencial e invisível aos olhos, já dizia Pequeno Príncipe. E ele sabe das coisas...

MUITA PAZ! MUITA LUZ! MUITA TOLERANCIA!

Cada dia que passa, Mamãe ama vocês mais ainda. E esse Amor e so alegria, pois Mamãe sabe que vocês estão cada dia melhor.

Agradeçam ao Tio Edimar, `a Luciene, `a Kellinha, ao Tio Zé Neca e`a Tia Gislene por Mamãe.

Muitos beijos no coração!

Mamãe

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